Para que possamos ter um sentido, é necessário um sensor. Cada sensor está ligado a uma sensação específica. Por exemplo, existem sensores nos olhos, que podem detectar a luz. Isso é tudo que eles conseguem detectar. Para identificar todos os diferentes sentidos que uma pessoa tem, o mais simples é listar os diversos sensores. Abaixo, está uma boa lista.
- Em seus olhos (retina), você tem dois tipos diferentes de sensores de luz. Um conjunto de sensores, chamados bastonetes, percebe a intensidade da luz e funciona bem em situações com pouca luz. O outro tipo, dos chamados cones, rege a percepção das cores (na verdade, existem três tipos diferentes de cones para as três cores primárias) e exige uma luz razoavelmente intensa para ser ativado.
- Em seus ouvidos internos (cóclea), existem sensores de som.
- Existem sensores que permitem que você perceba¹ sua posição no campo gravitacional - eles lhe dão o senso de equilíbrio.
- Em sua pele, existem pelo menos cinco tipos diferentes de terminações nervosas:
- sensíveis ao calor
- sensíveis ao frio
- sensíveis à dor
- sensíveis à coceira
- sensíveis à pressão
- Em seu nariz, existem sensores químicos (pituitários) que lhe dão o sentido do olfato.
- Na língua, existem receptores químicos (papilas gustativas) que nos dão o sentido do paladar.
- Em seus músculos e articulações, existem sensores que avisam sobre a localização das diversas partes de seu corpo e sobre o movimento e a tensão dos músculos. Esses sentidos¹ nos permitem, por exemplo, juntar nossos dedos indicadores com os olhos fechados.
- Em sua bexiga, existem sensores que indicam quando está na hora de urinar. De maneira semelhante, seu intestino grosso tem sensores que indicam quando ele está cheio².
- Também existem os sensores de fome e de sede².
Existem pessoas que parecem ter outros sentidos. Gêmeos que supostamente setem o que o outro está passando. Existem ainda aquelas que conseguem perceber mudanças climáticas iminentes. Existem mães que sempre conseguem perceber quando o "anjinho" está prestes a fazer uma bagunça (o sentido que também é conhecido como "olhos atrás da cabeça"). E muitas pessoas sentem que conseguem perceber quando alguém as está observando, quando estão sendo seguidos. Não há prova científica de nenhum desses sentidos.
[HSW]
Nota:
¹São involuntários, não controlamos diretamente. As informações primárias não são interpretadas concientemente, apenas sobre o resultado obtido (andar em uma corda bamba) é que temos controle.
²São sensores internos.
³Utilizando-se deste ponto de vista tão abrangente e não específico, poderíamos citar não dezenas, mas centenas de "sentidos".
Conclusão:
A definição de sentido faz referência ao tipo de sensor. Os sentidos são especificamente aqueles que nos fazem perceber os outros seres vivos à nossa volta e o meio em que estamos. Não se pode considerar sentido por exemplo a ação dos sensores de dilatação das paredes do estômago pela ação do bolo alimentar (dão a sensação "comi demais").
Se fossem considerados todos os sensores como sentidos, teríamos muito mais que os mencionados acima.
Entende-se por sentido a possibilidade de interpretação cerebral de um estímulo externo recebido por sensores específicos. Afinal não é olfato ter sensores olfativos e não sentir ou diferenciar cheiro algum. Assim como o computador funciona recebendo entradas de dados através de teclado, mouse, usb e logo após os dados são processados pelo CPU; os sentidos servem-se da percepção efetuada pelos sensores e a posterior (e muito rápida) interpretação do cérebro.
[DMG 7]
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